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Embora estime-se que 90% da exposição humana ao Bisfenol-A (BFA) seja de origem alimentar, outras fontes não devem ser ignoradas. Uma delas é o papel térmico, utilizado para impressão de recibos diversos como cupons fiscais, extratos bancários, comprovantes de cartão de crédito e débito, cartões de embarque aeroportuários etc.

A relação entre esse tipo de exposição e a resistência à insulina foi demonstrada em trabalho publicado em janeiro/2018 na revista Environment International.

 

54 operadoras de caixa em sete lojas diferentes de uma rede de supermercados na Coréia foram recrutadas para o estudo, no qual foram comparadas as concentrações urinárias de BFA antes e após o turno de trabalho (com ou sem uso de luvas) e foram avaliados parâmetros laboratoriais de resistência à insulina.

Após 1 semana trabalhando sem luvas, os níveis urinários de BFA dobraram após o turno de trabalho (esse aumento não ocorreu quando as trabalhadoras utilizaram luvas). Os níveis urinários de BFA se associaram positivamente com a insulinemia de jejum e o HOMA-IR.

Embora baseada em pequena amostra e conclusões de causa-e-efeito mereçam cautela, essa relação se manteve mesmo nas avaliações separadas dos níveis de BFA pré e pós turno de trabalho (e não apenas suas médias).

 

Referência:
Bisphenol A exposure through receipt handling and its association with insulin resistance among female cashiers. Environ Int. 2018 May 16;117:268-275.

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